Alta nos PAs não surpreende, e Jundiaí já previu ações — veja quais

O que está acontecendo?

Com o avanço do outono, a alta procura por atendimentos nos Prontos Atendimentos (PAs) e no Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) em Jundiaí tem chamado a atenção. Segundo o hospital, esse aumento é esperado para a época do ano, quando há crescimento de casos respiratórios e doenças sazonais.

O HSVP esclareceu que a rede pública opera com base no Protocolo de Manchester, método adotado internacionalmente para classificar os pacientes conforme a gravidade clínica, priorizando casos urgentes e emergenciais. Dessa forma, a ordem de chegada não determina a rapidez no atendimento.

Embora haja registros pontuais de espera, a direção da unidade afirma que a situação está dentro do padrão para o período e que a demanda elevada já vinha sendo monitorada pelas autoridades de saúde.

O que já foi feito?

A alta procura por atendimentos na rede pública, como registrado neste início de outono, não é uma novidade para o sistema de saúde de Jundiaí. Trata-se de um comportamento sazonal, que se repete anualmente e afeta diretamente o fluxo nos Prontos Atendimentos (PAs) e no Hospital São Vicente de Paulo (HSVP).

Em entrevista concedida à TV Tem no dia 15 de abril, o Prefeito Gustavo Martinelli destacou que a gestão já havia previsto esse cenário e, por isso, diversas ações estruturantes foram iniciadas logo no início do mandato. Entre elas, a principal medida anunciada foi a adesão de Jundiaí ao Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Metropolitana de Campinas (CISMETRO).

Foto: TV Tem/Reprodução

O consórcio permitirá desburocratizar processos de contratação de médicos, clínicas e exames especializados, com a meta de realizar mais de mil consultas com especialistas por mês. Segundo Martinelli, o impacto será sentido gradualmente na redução das filas.

Além disso, os primeiros 100 dias de gestão registraram números expressivos:

  • 42 mil exames de imagem realizados

  • 650 mil exames laboratoriais

  • 115 mil consultas médicas atendidas

A Prefeitura também iniciou um processo de reorganização das filas para especialidades, que atualmente são divididas entre NIS, AME e Faculdade de Medicina. Essas listas serão integradas e digitalizadas, eliminando duplicidades e permitindo mais agilidade e transparência nos encaminhamentos.

Essas medidas fazem parte de um plano de médio e longo prazo para modernizar a rede e enfrentar gargalos que há anos dificultam o pleno funcionamento do sistema público de saúde da cidade.

O que vem a seguir?

As medidas anunciadas pelo Prefeito Gustavo Martinelli não pretendem apenas enfrentar a demanda sazonal, mas redesenhar a forma como o sistema de saúde municipal lida com especialidades, exames e atendimento primário. A integração ao CISMETRO, a digitalização das filas e o volume já entregue de exames e consultas sinalizam uma reorganização em andamento.

Embora os desafios persistam, especialmente em períodos de maior procura, como o atual, a expectativa da administração é que os resultados mais estruturais comecem a ser percebidos ainda neste ano, com maior agilidade nos encaminhamentos e redução das filas.

Para os moradores de Jundiaí, o impacto será direto: menos burocracia, mais acesso a especialistas e uma rede mais eficiente e transparente. O caminho é de recuperação e aprimoramento, e os primeiros passos já foram dados.

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