Três casais, três fases da vida e um mesmo fio condutor: o amor vivido com verdade, sem roteiro pré-definido.
Neste Dia dos Namorados, nossa nova coluna quinzenal, “Jundiaí que Inspira”, traz três histórias que emocionam e mostram que amar é mais do que data comemorativa — é decisão diária, cheia de cumplicidade, risadas e pequenos gestos que fazem a diferença.
Amor real não segue roteiro: ele se reinventa
Se existe uma regra no amor, é que não existe regra. Em tempos de redes sociais e declarações coreografadas, há quem viva o amor com simplicidade, longe dos holofotes, mas com intensidade. Casais que escolhem se celebrar todos os dias, com leveza, parceria e humor.
É o caso de Wladmir e Silvana, juntos há 44 anos. Eles se conheceram ainda na infância e estão casados desde os 20 anos. Se conheceram e deram o primeiro beijo aos 11 e 12 anos, mas só quando ela estava com 15 e ele com 17 é que começaram o namoro que se tornaria uma longa e linda história de cumplicidade e carinho.
“A gente se celebra todo dia”, diz Wladmir, o romântico da relação, que surpreende a esposa com pequenos presentes sem data marcada. Eles adoram cozinhar juntos, se divertem um com o outro e mantêm vivo o costume de se beijar sempre. São provas de que o amor amadurece, mas não perde o frescor.
Entre surpresas e superações: o amor que escolhe ficar
Já Jean e Marisa estão juntos há 28 anos e estão casados há 19. O início do namoro aconteceu justamente em um Dia dos Namorados, o que confere à data um simbolismo especial. Mas o casal aprendeu a não depender dela para demonstrar afeto. “Já vivemos Dia dos Namorados em lugares bem legais, já comemoramos com turma de amigos, já comemoramos em casa sem nem um tostão, “rapando” tudo para comprar uma pizza e tentar ganhar a Coca em uma pizzaria que fazia o sorteio”, lembra Marisa, fazendo Jean lembrar e rir dessas histórias.
Jean, mais romântico, já enviou flores e anel de ouro ao antigo local de trabalho da esposa. Esse anel, tão significativo, é usado hoje pela filha do casal, de 15 anos.
Marisa, mais prática, cuida do companheiro no dia a dia e vive trocando seus apelidos carinhosos. Eles se complementam, tem piadas internas e defendem que o segredo está na perseverança e no respeito, defendendo que todos os dias tem que ser celebrados.
“Amar é decisão, não só sentimento”, afirma Jean. Uma aliança sustentada pela fé, pelo humor e pela escolha constante de seguir juntos.
O amor que começa rindo das bobeiras
No outro extremo do tempo, Pedro e Natália vivem seu primeiro Dia dos Namorados oficialmente como casal. Se conheceram exatamente nessa data, em 2024, durante o aniversário dele, começaram a sair em agosto do mesmo ano, mas oficializaram o namoro em janeiro de 2025. Ainda assim, já colecionam histórias marcantes.
Uma delas foi quando Pedro, frustrado por não atingir uma meta no trabalho, chegou em casa e encontrou balões preparados por Natália, com prêmios simbólicos — como chocolates, os mesmos que receberia no banco onde Pedro trabalha. “Mesmo sem ter alcançado os pontos, eu ganhei!”. Essa surpresa o fez se sentir vencedor.
Reservados nas redes sociais, são parceiros, companheiros e valorizam o diálogo e o riso fácil. “A quinta série reina muito aqui. A gente chora de rir muito”, resume Natália, o que demonstra que rir das piadas mais bobas é um dos segredos para ter um ótimo relacionamento. Eles defendem que, no início de um namoro, o mais importante é ser quem se é — sem filtros nem ensaios.
Essas três histórias mostram que o amor verdadeiro não precisa de roteiro, filtro ou ocasião especial. Ele se expressa na constância dos gestos simples, na escolha de permanecer, no riso compartilhado e no cuidado mútuo.
No fim das contas, todo dia pode — e deve — ser Dia dos Namorados. Porque quando o amor é real, ele se escreve diariamente.
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